KFC

Bem vindo ao site do Knife Fighting Club.

O KFC é um clube nascido da união de pessoas interessadas em aprender, desenvolver e aprimorar seus conhecimentos e habilidades no uso de lâminas curtas para defesa pessoal e combate.

Neste site compilamos material para estudo teórico, a ser discutido e testado em nosso treinos.

Não aconselhamos tentar aprender algo válido de ser posto em prática apenas acompanhando a parte teórica aqui apresentada. Para tanto, recomendamos treinamento com instrutores responsáveis.

Ou ainda, juntar-se a nós, e aprendermos juntos.



NÃO ACONSELHAMOS NINGUÉM A TENTAR UTILIZAR UMA FACA PARA DEFESA PESSOAL.

NUNCA ESQUEÇA, PUXAR UMA FACA É UM BOM MOTIVO PRA TOMAR UM TIRO.

UMA FACA NÃO INTIMIDA NINGUÉM, A NÃO SER SUJA DE SANGUE.

MAS AÍ, A MERDA JÁ TERÁ SIDO FEITA.



quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Maestro Danilo Rossi

Kasper Fighting Folder


(Esse texto foi escrito pelo próprio Bob Kasper e publicado em sua coluna "Street Smarts" da revista Tactical Knives em Maio de 1998).

Houveram alguns incidentes em minha carreira que realmente se destacam como meus favoritos. O primeiro foi quando o cuteleiro Al Polkiwski colocou em minhas mãos a Kasper Bulldog. A segunda foi quando Steven Dick, Editor da Tactical Knives, me convidou para assinar a coluna "Street Smarts". A terceira foi no último Guild Show, quando Pat Crawford me presenteou com a Kasper Fighting Folder (KFF).

A Kasper Bulldog foi a primeira de uma série de facas na qual vim trabalhando nos últimos cinco anos. A Pug, uma versão mais curta, para pessoas mais baixas, veio em seguida. Depois veio a Companion, uma versão de 4", uma guarda, especificamente desenhada para a turma da Special Forces do Departamento de Defesa, que solicitou uma faca de combate menor, mais fácil de dissimular. Com a popularidade dos canivetes (folders), e os proprietários da Kasper Fighter pedindo um canivete que combinasse com ela, foi natural o desenvolvimento da KFF. Eu usei a Companion como base para o design.

"Folding" a Companion



Eu precisava encontrar alguém que desse conta de "dobrar a Companion ao meio". Os desenhos finais da KFF me pareceram muito complexos, e eu estava preocupado que ninguém fosse querer encarar o projeto. O sulco profundo para o dedo, a rampa serrada para apoio do polegar, o visual e sensação de "heavy-duty" necessitariam de um cuteleiro experiente em fabricar Canivetes Táticos. Eu contactei Pat Crawford.

Pat Crawford vem fazendo facas a mais de 25 anos. Ele tem uma enorme linha de canivetes com diversos tipos de mecanismos de trava. Ele fabrica canivetes de qualquer tamanho e material que você solicitar. Quando entreguei meu projeto da KFF para Pat,  sua resposta foi, "Sim, não vejo nenhum problema".

Obviamente não havia nenhum! A faca que Pat colocou em minhas mãos  no Guild Show era exatamente o que eu queria - um canivete tático de bolso com a mesma empunhadura e a mesma sensação que seu primo de lâmina fixa, a Companion.

A primeira coisa que se nota quando se empunha a KFF é sua sensação de "autoridade". São cerca de 200g, o que eu considero a margem mínima de peso de uma faca de combate. A KFF te dá uma sensação de confiança, essa é uma faca com a qual você não vai ficar preocupado de fazer treino de impacto.

Comprimento legal



O comprimento da lâmina é um fio de cabelo abaixo de 4", para as pessoas preocupadas em andar dentro da lei. A lâmina é de 5/32" de espessura, e tem um acabamento não refletivo na cor grafite. Para mim, a capacidade de dissimular é fator essencial para qualquer faca portada para defesa pessoal. O gume primário é uma longa e contínua linha, da ponta ao ricasso. O gume secundário é progressivo, como em todas as Kasper Fighters, o que alarga a parte de trás da lâmina para 1 3/8". O peso extra próximo ao pino pivotante auxilia numa abertura mais macia e rápida.

A empunhadura da KFF tem 5 1/4" de comprimento, e 1 3/8" de largura em seu ponto mais largo, próximo ao gume. Com 9/16" de espessura, trata-se de uma empunhadura ampla mas não super-pesada. A construção é "a la Crawford" - de primeira qualidade. O formato da empunhadura tem o perfil clássico Kasper, sem as ondulações e protuberâncias da versão de lâmina fixa. Eu optei por mante-la "achatada" para que ela não fique protuberante dentro do bolso de uma calça, e não cuse problemas na hora do saque. Eu também adicionei uma rampa serrada para apoio do polegar, possibilitando uma pegada mais firme. O ponto de equilíbrio situa-se no dedo indicador.

O design do clip é clássico, e localizado bem junto ao fim da empunhadura, o que faz com que a faca fique bem inserida no fundo do bolso, escondendo ela dos olhares mais curiosos. A abertura da faca é ambidestra, com um botão de apoio para a abertura em ambos os lados da lâmina.

Uma última característica que adicionei à KFF foi um sulco na lateral esquerda. Este sulco tem três finalidades. A primeira, como uma "guia" para a pegada incial e o saque. Segundo, como uma rampa levando ao dispositivo de abertura. E terceiro, como uma base para uma pegada mais positiva do dedo indicador.

Resumindo: uma Kasper Companion que se dobra ao meio, completa com o sulco para o dedo indicador, gancho arredondado par ao dedo mínimo, perfil "Persa", lâmina agressiva, e tudo. Uma faca desenhada pra fazer o que sua prima de lâmina fixa faz, com um pouco mais de flexibilidade.


Se quiser mais fotos e informações sobre a KFF, acesse:


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Treinamento

Tenho pesquisado e testado vários métodos de treinamento.

Assim como os "drills" e o sparring, o condicionamento físico é fundamental.

E o treino de condicionamento físico da esgrima me chama muito a atenção, principalmente por ser direcionado, usar grupos musculares e movimentos pertinentes ao uso da faca.

Mas tem que estar muito preparado pra chegar nesse nível!

Tenho uma lesão na bacia justamente de um treino na grama úmida, em que em uma estocada o pé escorregou mais do que o previsto.

Equipe italiana de esgrima:


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Duelo de Facas em Bucaramanga

Facas do Nordeste - Facas de Ponta


"Porque na ponta da faca
Uma barriga não erro
E um ladrão que me rouba
Até o cabo eu enterro
Pule o que for mais valente
Para eu corrê-lo no ferro"



Embora muito antigo em nosso país, o termo faca de ponta tornou-se  a designação genérica de vários tipos de  lâminas produzidas e usadas especificamente na região Nordeste do Brasil. 

A área de  produção e uso das antigas facas de ponta iniciava-se no Sul da Bahia,  abrangia  toda a região Nordeste e chegava até os  Estados do Norte, os quais nunca tiveram uma cutelaria de estilo próprio.  

Assim, ao lado dos clássicos facões de mato, as facas de ponta foram, sem qualquer dúvida, as mais utilizadas lâminas brasileiras, tanto por parte de simples  trabalhadores que participaram dos ciclos da cana-de-açúcar, do gado, do cacau e da borracha quanto pelos senhores que os comandavam.



Entretanto, não devemos  nos esquecer  que este também  foi o primeiro nome de facas brasileiras destinadas à defesa, sendo ainda interessante notar que o nome faca de ponta iniciou-se, pelo menos de forma documental, em lei (bando) de 1722,  da então Capitania de São Paulo, mas – a exceção do Rio Grande do Sul -  foi voz corrente em todas as outras regiões do Brasil  e, pelo menos até a década de 1920, sendo utilizado inclusive no sertão paulistano, conforme nos cientifica este trecho do conto "Pedro Pichorra", publicado em 1919 no livro "Cidades Mortas" de Monteiro Lobato: "...realizara o sonho de toda criança da roça, a faca de ponta. Dera-lhe o pai, como diploma de virilidade: - Menino, doravante és homem..."





Segundo registros escritos de 1817, as facas de ponta do Nordeste teriam nascido na antiga Aldeia de Pasmado, atual cidade de Abreu e Lima, no Estado de Pernambuco, embora a atividade cuteleira na região fosse bem conhecida desde 1780. Essas antigas crônicas dizem que o viajante ao aproximar-se da aldeia já ouvia  intenso e marcante som de lâminas sendo forjadas, tamanho era  o número de cutelarias que lá existia.

Naquelas regiões, as oficinas que produziam, entre outros,  itens de cutelaria eram conhecidas como tendas de ferreiro, ou simplesmente  tendas, e quando a faca era requintada costumava-se chamá-la de “faca-jóia”.

De acordo com o famoso autor Gustavo Barroso (no conto "O Patuá", em "Praias e Várzeas", de 1915), também  no Ceará do século XIX alguns cuteleiros já eram famosos: "...tinha um verdadeiro arsenal. Andava... com uma faca feita pelos Fernandes do Crato, os ferreiros mais afamados do Ceará."

Ainda nas primeiras décadas do século XIX também ficaram muito famosas as facas de ponta e punhais produzidos no Vale do Pajeú de Flores, em Pernambuco, especialmente aquelas oriundas de povoados da Serra de  Baixa Verde e tão grande foi essa fama que a essas lâminas se emprestou os nomes ora de “Pajeú”, ora de  “Baixa Verde” . Conforme alguns autores regionais e estudiosos, nessas localidades teria sido criado o característico estilo da empunhadura “embuá”, um verdadeiro ícone na configuração das facas nordestinas.






É também especialmente curioso o fato de que algumas cutelarias de Flores (PE) produziam lâminas de extrema flexibilidade, especialmente para punhais, os quais, segundo alguns autores nordestinos, “retiniam como um sino quando nelas se batia” e  apresentavam “...a técnica do enverga-mas-não-quebra, dos cortes e da perfuração sem fazer força”.

Parte do texto:" Facas de Ponta - Arma do Cangaço"  de Mario Santos Carvalho



domingo, 4 de novembro de 2012

KFC



Um excelente treino nesta manhã de domingo, provavelmente o mais completo até hoje.


A grama molhada: "Usa o terreno, usa o terreno!"

A turma volta pra casa lanhada mas feliz.

Não esqueçam, Alerta Amarelo o tempo todo. 

Mas MODO MATAR - OFF.